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[lp-br-sp] UOL-BOL 27/05/2013 Professor de intoler ância? 'Professor da


From: thiago-campinas-sp
Subject: [lp-br-sp] UOL-BOL 27/05/2013 Professor de intoler ância? 'Professor da UFMS defende fim de cursos "formadores de bichonas" '
Date: Mon, 27 May 2013 17:36:41 -0300

 
 
Olá Libreplanetários
 
Infelizmente temos lamentáveis mostras de intolerância nos mais diversos países e meios, inclusive segmentos profissionais.
O "professor de intolerância" da reportagem do UOL/BOL abaixo é da UFMS, do curso de Ciência da Computação.
Atenciosamente
 
Thiago
 
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http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/educacao/2013/05/27/professor-da-ufms-defende-fim-de-cursos-formadores-de-bichonas.htm

Professor da UFMS defende fim de cursos "formadores de bichonas"

27/05/2013 13h25

Luiz Felipe Fernandes
Do UOL, em Campo Grande

Um professor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) causou polêmica ao publicar, em seu perfil do Facebook, uma mensagem em que chama os homossexuais de "viados" e defende o fechamento de "cursos de gente colorida" e "formadores de bichonas".

O texto, publicado na última sexta-feira (24), já foi retirado da página. Nele, Kleber Kruger, 24, professor substituto do curso de ciência da computação e sistemas de informação, critica pichações feitas em paredes da universidade, que fica em Campo Grande.

  • Reprodução/Facebook

    Publicação feita pelo professor da UFMS no Facebook

"Hoje cheguei na Federal e encontrei algumas paredes dos cursos de computação e engenharia pichadas com frases como: 'O amor homo é lindo', 'Homosexualismo é lindo!', 'Fora machismo'... aaah, se fu***, seus viados fila da p***!!!", diz o texto publicado pelo professor.

Na mensagem, Kleber diz que "tá na moda defender homossexualismo" e que a onda de raiva aos homossexuais é provocada por eles mesmos. Em um comentário na própria postagem, o professor considera que a pichação das paredes da universidade foi uma "provocação". "Depois eles tomam uma surra, morre um viado lá no Campus, sai no jornal e pronto!", finaliza.

Combate à homofobia

  • Divulgação/Transgender Legal Defense and Education Fund

    Pais denunciam escola por proibir criança transgênero de usar banheiro das meninas

  • http://imguol.com/2012/08/30/pai-veste-saia-para-apoiar-filho-que-gosta-de-usar-vestidos-1346354196811_300x200.jpg

    Para apoiar filho de 5 anos que prefere usar vestidos, pai na Alemanha passa a usar saias

O jornalista Guilherme Cavalcante, 27, que é aluno de mestrado na UFMS, afirma que ficou surpreso ao ler o texto e considera que a mensagem publicada por Kleber revela despreparo do professor. "Espero que ele reflita sobre o que falou, que entenda que o mundo é diverso e que o professor também tem uma função social".

Demissão

Na internet, uma petição virtual recolhe assinaturas para pressionar a UFMS a demitir o professor, que tem um contrato temporário com a instituição. O documento, direcionado à reitora Célia Maria Silva Correa Oliveira, alega que "nenhum estudante gay deve continuar a ser submetido ao constrangimento de ter aulas e de ser avaliado por pessoa homofóbica".

A petição pede o afastamento do profissional e substituição "por um professor mentalmente equilibrado". O documento virtual foi criado no domingo (26) e já foi assinado por 318 pessoas.

A assessoria de comunicação da UFMS informou que o conteúdo da mensagem publicada pelo professor será analisado pela administração superior, que vai decidir se abre um procedimento administrativo ou encaminha o caso para a comissão de ética da universidade.

As penalidades vão desde uma advertência até o rompimento do contrato e afastamento do professor. Não há prazo definido para a conclusão dessa análise.

Arrependimento

Ao UOL, o professor disse que está arrependido e que lamenta o que considera ter sido um "mal entendido". "Foi um momento em que não pensei para falar. Estou envergonhado e muito arrependido".

Kleber explicou que a mensagem foi um desabafo pessoal contra as pessoas que picharam as paredes da universidade e comparou os xingamentos às reações de torcedores que agridem verbalmente os adversários. "É como se eu, que sou são paulino, xingasse um corintiano depois de perder um jogo".

Kleber também fez questão de deixar claro que não fez o comentário como professor da UFMS e garantiu não ter preconceito contra homossexuais. "Sei de pessoas que sofrem muito com isso, que têm pais que não aceitam".

Surpreso com a repercussão causada pelo texto, o professor disse que, se tivesse oportunidade, pediria desculpas às pessoas que se sentiram ofendidas.

 

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